segunda-feira, 25 de maio de 2009

O inicio...

Há alguns dias atrás, percebi que meu ciclo menstrual não estava correto, estava atrasado 40 dias. Como tinha ido ao médico dia 24 de abril, imaginei que fosse um problema sério, que teria que passar por algum tipo de tratamento traumático ou tomar alguns remédios que me deixariam depressiva, inchada e totalmente indisposta. Conversei com o Bruno, (meu marido) e chegamos à conclusão de que seria bom eu fazer um exame chamado Beta HCG, teste para saber se a pessoa está grávida ou não.

Já fiz o exame desanimada, achando que daria negativo, afinal, não havia nenhum sintoma de gravidez que a maioria das mulheres dizem sentir, enjôos, náuseas... Somente a ausência do ciclo e o inchaço do seio.

Dia 20 de maio, meu marido foi pegar o resultado, me ligou e disse que não sabia qual era o resultado do exame, pois não falava nem negativo e muito menos positivo. Ao ler o resultado do exame para mim pelo celular, foi quando ele me disse “– Perai, tem um negócio aqui que eu não tinha reparado... Acima de 30,0 mUi/ml, é positivo, o seu deu 12.726,0 !, você está grávida!” Não acreditei, tive que ligar para o Dr. Paulo para confirmar!. A Isabel, secretária do médico que me conhece desde que comecei a consultar, afirmou que eu estava gestante, mas ela confirmou com o médico, que disse que eu não estava grávida, estava super grávida!

O Bruno logo ligou e mandou mensagem para seus pais, e eu claro, liguei para todo mundo que meus créditos permitiam ligar. A surpresa foi muito grande, sabíamos que alguma hora poderia acontecer, mas como eu havia ido ao médico para justamente adiar esse desejo de nos tornamos pais, para o ano que vem, e fora os problemas de ciclos, que vinham desordenadamente e sem qualquer regularidade, nunca passou pela minha cabeça que isso poderia acontecer tão rápido.

Isso tudo aconteceu na terça e na quarta – feira, na quinta, eu ainda não conseguia acreditar no que estava acontecendo dentro do meu corpo. Na sexta-feira, dia 22, houve a festa da Cipa na empresa, fiz o mínimo de esforço que podia, ninguém entendia por que em algumas provas eu não queria participar, não contei a ninguém, mas estava agoniada com a situação, grávida, com pouco tempo de empresa, eu sou a terceira secretária a engravidar, mas pensei bem, e decidi que minha gravidez não iria mudar a profissional que me tornei durante anos de trabalho e batalha e decidi abrir o jogo com um dos meus Diretores, a reação dele foi ótima, ficou muito feliz com a notícia e me disse para ficar tranqüila , pois toda mulher está sujeito a isso. Após contar para o meu chefe, contei para outra pessoa a qual sou subordinada, graças a Deus, a reação foi a mesma. Só falta contar para mais uma pessoa, outro chefe, filho do meu Diretor..

Sábado, dia 23 de maio, não houve nada de especial, limpei a casa, e minha mãe foi me ajudar, conversamos muito sobre a chegada do novo membro da família, e os planos para quando ele, o que comprar, o que não comprar, o volume de fraldas, mamadeiras... coisas que só uma mãe compartilha com outra.

Domingo, 24 de maio, logo cedo levamos um susto ao acordar, o Bruno foi ao banheiro e logo que abriu a tampa da privada, o que tinha lá? Um lagarto! Feio, horroroso!! Lembrei daqueles filmes que a gente assistia na década de 80 e 90, quando um menino jogava um bichinho na privada e ele virar um crocodilo gigante que devorava as pessoas que limpavam o esgoto! Arg! Aquele lagarto parecia saído de um filme destes, um dinossauro em miniatura que passeava nos esgotos da vida e decidiu respirar um aru justamente na minha privada! O pior que ninguém tinha coragem de chegar perto do bicho ou simplesmente tirá-lo de lá, mas no fundo, acho que o bicho estava mais assustado do que nós! O Bruno deu mil e uma descargas, imaginando que ele sairia de lá, o mínimo que aconteceu foi um bom banho que o bicho tomou, achei até que teríamos que adotá-lo. A nossa sorte é que ele não conseguiu sair da privada. Um amigo do meu marido chegou lá em casa, e se encheu de coragem para tentar nos livrar do mini dinossauro que tinha intenção de habitar nosso “trono”, quando ele chegou perto do mini dinossauro, o bicho correu para dentro da privada, me dando ainda mais nojo e medo, pensando “ imagina eu sentadinha na minha hora mais privada possível, e este bicho aparece dando um olá?”. Nessa altura do campeonato, minha sogra já estava em casa, com um “Baigon” na mão para espanta-lo. O Bruno aproveitou a ocasião e jogou desinfetando, água sanitária, óleo para carro, amônia, sabão em pó, baigon, enfim, tudo muito químico para espantar o bicho. Deixou lá , de molho.

E o que uma grávida faria com sua vontade de urinar que não pára? Fiz o que minha vontade queria quando percebi um sangramento igual ao uma borra de café, assustei, pronto! Estou perdendo o bebê! Fiquei preocupada, fomos ao Hospital São Marcos, onde me passaram o telefone da residência do meu médico, ele pediu para eu ir ao São Domingos, fomos lá, fui para a maternidade ( sensação gostosa, me imaginei daqui 7 meses e meio entrando para dar a luz) , lá as enfermeiras me perguntaram como eu estava e tentaram me tranqüilizar, mas quem disse que eu conseguia? Mesmo assim, elas foram gentis. Meu médico chegou e fez o exame de toque, me passou um monte de informação, que para falar a verdade, não gravei nem metade de tanto nervoso. Conversamos muito e achei melhor fazer um ultrassom para saber melhor como o bebê estava e para ficar mais tranqüila. Tivemos que aguardar mais de 1 hora e meia o plantonista para ter a caridade de me fazer o exame, mas valeu a pena! Fiz o ultrassom e o ultravaginal, (exame que todo mundo acha terrível, mas eu achei até tranqüilo), iniciou os exames, fiquei muito apreensiva, sem saber o que estava acontecendo. De repente um barulho muito forte, e rápido, fiquei sem saber, perguntei que barulho era aquele, quando ele me disse “– É o coração do seu bebê!”, sorrindo, não agüentei, chorei... Somente naquele momento eu consegui acreditar que realmente eu serei mãe.

Mandei chamar o Bruno na mesma hora. Lá fora, ele sem saber de nada, só me ouviu pedindo para chamá-lo, a preocupação também o tomou, quando escutou uma risada, imaginou que estaria tudo bem. Logo que ele entrou na sala, eu disse que poderia ouvir o coração do bebê, ele, sem acreditar ainda, olhou para a tela do ultrassom e ouviu os batimentos cardíacos do nosso bebê. Foi inacreditável! A sensação foi muito boa e indescritível! Deu até para ver o bebê lá dentro, ele está do tamanho de um feijão, bem pequenininho, e só para brincar, perguntei se teria como saber o sexo do bebê daquele tamanho, claro que eu sabia que não, mas eu estava tão feliz que chegava a ser incontrolável.

Resumindo, graças a Deus, está tudo bem com nosso filhote, coração e formação tudo ok, o útero está do jeito que tinha que estar, fechado e forte! Ah, um detalhe curioso que eu não sabia que existia, hoje em dia, dá até para saber por qual ovário foi fecundado o óvulo, o meu foi pelo lado direito. O médico que fez o exame me mostrou um cisto grande no ovário direito, e me informou que este cisto é que está fornecendo os hormônios necessário para o crescimento da criança. Interessante não ? Daqui a alguns anos, dará para saber o sexo do bebê do tamanho do meu! Ah, esqueci de contar, estou com 6 semanas e 1 dia, bom, hoje na verdade são 2 dias, isso corresponde a 1 mês e meio. O bebê está previsto para chegar em janeiro, a data ainda não sei, só vou saber quando for ao meu médico

Um comentário:

  1. Oi querida mamãe, queria parabenizar vc e o papai por essa maravilhosa noticia, que tem um lindo bebe a caminho, dar amor, carinho e muitas felicidades a essa linda familia.
    Bjos Joyce.

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